7.3.15

RENÚNCIA


Renunciei a mais uma dose de Montilla. Montei no magro cavalo e danei-me pelo mundo... Busquei a sombra de uma frondosa e solitária árvore, subi, depois, a encosta íngreme , rochosa e atirei-me ao mar bravio que me observava indiferentemente. Renunciei à culpa ontológica que me perseguia. Tive a breve sensação de que, como Ícaro, voava, voava, rumo ao desconhecido.  (Publicado no Grupo "Curta Escritos, do Facebook, em 7-março-205)


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